Depois de um dia muito corrido, nem
tive tempo de pensar em tristeza, para variar continuo dormindo na cama dos
outros e fui conhecer a outra Unidade da Clínica no dia de hoje.
Aqui
é muito corrido.!!!
Gostaria
muito de ficar por aqui para aprender sobre todo esse esquema de clínica
compulsória que para mim é muito novo.
O dia
passou que eu nem vi e espero acordar bem disposto amanhã, que mesmo sendo
domingo aqui a coisa não para.
À
tarde vi o desespero de um interno que veio achando que era para ficar só um
mês e quando ele recebeu a noticia de que eram 6 meses de internação ele quase
teve um treco.
Fiquei
imaginando o desespero que deve passar pela cabeça dele. Neste momento ele não
consegue entender que é para o bem dele.
Dormirei
tranquilo com a sensação do dever cumprido depois de tanta correria. O que esta
me incomodando é a falta de comida. Ninguém merece passar fome.
Inventário
do dia 22 de abril
Como eu fiquei irritado nesse dia.
Como eu estava hospedado no quartão lá eu via de tudo e fingia que nem era
comigo, mas quando eu vi um interno tentando pegar as bolachas de outro interno
que tinha “debilidades mentais” ai eu fiquei puto da vida.
Não
gosto de me meter em problemas dos outros, mas tem horas que não podemos ficar
passíveis ao ver uma injustiça com aqueles que não conseguem se defender. Quer
roubar, vai roubar alguém do tamanho dele e percebi que mesmo eu não tendo
nenhum estereótipo de marginal as pessoas me respeitavam talvez por saber que
eu não gostava de confusão, mas quando eu me metia era porque a coisa era
séria e eu não ia sair perdendo.
Nunca
fui de ficar entregando ninguém e até hoje é assim, mas se tiver que colocar a
roupa suja pra lavar eu não mando recado mesmo e posso até apanhar na cara, mas
que eu falo eu falo.
Existem
pessoas que você fala e fala e fica tudo na mesma, então o jeito é você mesmo
resolver o problema e nesse dia eu disse ao interno que se eu percebesse que
ele estava coagindo o “deficiente” a lhe dar bolacha eu iria direto à
administração contar o que estava acontecendo e nunca mais eu vi ele nem chegar
perto das coisas desse menino.
Conto
isso para mostrar que ás vezes o silêncio é a melhor arma, em contra partida, às
vezes, o silêncio pode ser a pior arma.
ETERNAS IMCOMPARÁVEIS
24 HORAS DE SERENIDADE E SOBRIEDADE.
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