sábado, 3 de dezembro de 2011

Bravo, bravíssimo


O SOFRIMENTO É AMIGO. O ESPÍRITO AVANÇA A CADA PROBLEMA QUE RESOLVE. 





                   Depois de um dia muito corrido, nem tive tempo de pensar em tristeza, para variar continuo dormindo na cama dos outros e fui conhecer a outra Unidade da Clínica no dia de hoje.

                   Aqui é muito corrido.!!!

                   Gostaria muito de ficar por aqui para aprender sobre todo esse esquema de clínica compulsória que para mim é muito novo.

                   O dia passou que eu nem vi e espero acordar bem disposto amanhã, que mesmo sendo domingo aqui a coisa não para.

                   À tarde vi o desespero de um interno que veio achando que era para ficar só um mês e quando ele recebeu a noticia de que eram 6 meses de internação ele quase teve um treco.

                   Fiquei imaginando o desespero que deve passar pela cabeça dele. Neste momento ele não consegue entender que é para o bem dele.

                   Dormirei tranquilo com a sensação do dever cumprido depois de tanta correria. O que esta me incomodando é a falta de comida. Ninguém merece passar fome.


Inventário do dia 22 de abril

                   Como eu fiquei irritado nesse dia. Como eu estava hospedado no quartão lá eu via de tudo e fingia que nem era comigo, mas quando eu vi um interno tentando pegar as bolachas de outro interno que tinha “debilidades mentais” ai eu fiquei puto da vida.

                   Não gosto de me meter em problemas dos outros, mas tem horas que não podemos ficar passíveis ao ver uma injustiça com aqueles que não conseguem se defender. Quer roubar, vai roubar alguém do tamanho dele e percebi que mesmo eu não tendo nenhum estereótipo de marginal as pessoas me respeitavam talvez por saber que eu não gostava de confusão, mas quando eu me metia era porque a coisa era séria e eu não ia sair perdendo.

                   Nunca fui de ficar entregando ninguém e até hoje é assim, mas se tiver que colocar a roupa suja pra lavar eu não mando recado mesmo e posso até apanhar na cara, mas que eu falo eu falo.

                   Existem pessoas que você fala e fala e fica tudo na mesma, então o jeito é você mesmo resolver o problema e nesse dia eu disse ao interno que se eu percebesse que ele estava coagindo o “deficiente” a lhe dar bolacha eu iria direto à administração contar o que estava acontecendo e nunca mais eu vi ele nem chegar perto das coisas desse menino.

                   Conto isso para mostrar que ás vezes o silêncio é a melhor arma, em contra partida, às vezes, o silêncio pode ser a pior arma.





ETERNAS IMCOMPARÁVEIS 24 HORAS DE SERENIDADE E SOBRIEDADE.

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