PERDOAR NÃO É ESQUECER.
ISSO É AMNÉSIA.
PERDOAR É LEMBRAR SEM SE
FERIR, SEM SOFRER, SEM SENTIR DOR. ISSO É CURA.
PERDÃO NÃO É UM SENTIMENTO.
É UMA DECISÃO.
Não sabia que o blog tinha tanta
repercussão. Que bom que a história de ontem foi lida por tanta gente.
Voltando
um pouco no tempo vou falar de minha dificuldade no dia 13 de abril
Inventário
do dia 13 de abril
Nesse
dia o que mais me irritou é que em alguns dias antes em oração, eu tinha pedido
para Deus me dar paciência. E ele me deu. Só que neste dia ele quis me provar e
por isso, hoje, eu tomo muito cuidado com que eu peço a Ele.
Estava
deitado quando o coordenador veio até a mim e solicitou que eu cuidasse dos
pertences de um interno que estava sob o uso de psicotrópicos e não estava
conseguindo se situar no tempo e no espaço, e eu aceitei imediatamente. Queria
ser útil e a mesmice da rotina estava me chateando, então nada como um
“paciente para cuidar”.
Pensei
que ia tirar de letra já que sou enfermeiro e já tinha feito estágio em psiquiatria
e aquela conversa que vocês já sabem.
Eu sei, eu sei, eu sei.
Tudo
aconteceu por causa de uma caixa de bombom. Como essas “guloseimas” só vinham
uma vez por semana, o coordenador pediu para que eu entregasse uns 2 ou 3 bombons
por dia para que ele sempre tivesse algo para comer, porque se deixasse na mão
dele ele comeria tudo de uma só vez.
PENSEI, VAI SER MOLE KKKKKKKKKKKKKKKK
Pensei.
Vou tirar de letra. Dei 2 bombons para ele e disse que no jantar daria mais
dois, e ele saiu todo feliz.
Quinze
minutos depois ele voltou pedindo o doce dele e eu o lembrei de que eu já tinha
dado e ele pediu desculpas e lembrou-se que eu realmente tinha dado os bombons.
Falei que não tinha problema, que isso de esquecer acontecia mesmo.
Quinze
minutos depois ele voltou novamente e ai sentei com ele, expliquei que se eu
desse bombom toda a hora que ele voltasse a caixa ia acabar toda num dia só,
mas fiquei com dó e dei mais um bombom.
Quinze
minutos depois ele voltou e disse que eu não tinha dado nenhum bombom para ele
e que eu estava comendo os bombons dele. PACIENTEMENTE eu sentei novamente e
reforcei as lembranças dele quanto aos bombons que eu já tinha entregado e mais
uma vez ele fingiu que entendeu.
Dessa
vez não demorou nem 15 minutos. Quando ele chegou na porta ele me perguntou que
hora eu ia dar o bombom dele kkkkkkkkk. Eu dou risada agora, porque na hora eu
queria enforcá-lo. Desisti de explicar que eu já tinha dado o bombom, e só
falei que mais que tarde eu daria.
Parece que desta vez a técnica
funcionou.
Deitei-me
e quando eu estava no meu soninho vespertino quem me acorda para pedir bombom?
Ele mesmo, e ai eu perdi a paciência
e dei a caixa de bombom toda para o coordenador novamente e disse que
infelizmente eu não estava preparado para cuidar dele.
Resumo
da história.
CUIDADO PARA O QUE VOCÊ
PEDE PARA DEUS.
Quando você da um presente para um
filho que ele tanto te pediu, você não tem prazer de vê-lo brincando feliz com
tal brinquedo?
Pois
bem, Deus também é assim. Eu pedi paciência e Ele queria me ver usar essa
paciência com esse interno.
Há
duas semanas esse interno saiu de alta daqui completamente restaurado. Eu o
chamava carinhosamente de Aldol, um medicamento psiquiátrico.
Ele andava como um zumbi
pela chácara e após seis meses saiu daqui andando, em pleno gozo de suas
faculdades mentais.
DEUS EXISTE E OLHA POR NÓS.
ETERNAS IMCOMPARÁVEIS
24 HORAS DE SERENIDADE E SOBRIEDADE.
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