MALDITO DO HOMEM QUE CONFIA
NO HOMEM.
Hoje vou falar de algo que sempre me
incomodou e que vira e mexe ronda meus pensamentos.
“OS DEFEITOS DE CARÁTER”
Um
dos defeitos de caráter que mais me pega e o mais difícil de eu lidar é a CARÊNCIA.
Em Narcóticos
Anônimos nós usamos o termo defeitos de caráter, mas particularmente eu acho
esse termo pesado e eu prefiro usar desvio de caráter.
Então,
vamos desde lá onde eu me lembro. Direto do túnel do tempo.
Se bem
me lembro, já ficava muito irritado quando toda vez que eu entrava em casa eu
tinha que ser lembrado que o quarto maior da casa era da minha irmã. Sei que
vocês devem estar rindo, mas isso me incomodou um bom tempo e me irritava mais
ainda quando o meu pai, que sempre botava panos quentes em tudo, neste caso era
categórico.
O quarto maior tem que ser da sua
irmã porque ela é mulher e tem mais roupas kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, só se
fosse na imaginação dele. Eu sempre tive mais roupa e se duvidar eu tinha até
mais maquiagem do que ela kkkkkkk (brincadeirinha).
Falo
isso, porque o coitado do meu pai SEMPRE nos tratou igualzinho, a não ser nesse caso, e eu
infantil e carente achava que minha irmã era privilegiada.
No
caso da minha mãe, eu tinha um treco quando minha prima Sueli ia para casa e
era tratada como se fosse a filha mais velha. Olha a carência de novo. Só que
tem um detalhe a mãe dela minha querida tia me trata como se EU FOSSE O FILHO
MAIS VELHO, mas isso eu enxergo sim, mas eu queria tudo para mim.
No
caso dos amigos eu era tão pegajoso que se alguém chegasse muito antes de mim
em algum lugar já era motivo para eu fazer bico, e por esse motivo muitas vezes
eu pegava todos os meus amigos de carro para ninguém chegar antes de mim (Rúbia
e Richard que o digam kkkkk).
Junto
com a carência é claro que tinha a possessão.
Fui
crescendo e foi vindo a carência com os relacionamentos e terminei um único relacionamento
de um ano e oito meses por causa dessa carência. O meu sonho era que ele fosse
me buscar numa saída de plantão e até hoje eu tô esperando kkkkk O meu grande
problema é que eu fazia tudo para os outros, mas com segundas, terceiras e
quartas intenções de que eles me fizessem as mesmas coisas. E mesmo que eles me
fizessem, nunca estava satisfeito.
Continuando...
percebi que nessa semana eu estava super incomodado. Tudo que eu pedia para o
diretor da clínica ele fazia onda para trazer e em contrapartida tudo que o
outro coordenador pedia na mesma hora era concedido. Então veio na minha
cabeça.
Será que eu estou ficando louco ou
novamente o a carência esta tomando conta de mim?
Estou
em uma fase que não posso agir como agia quando era criança e definitivamente
decidi que não me interessa se o diretor gosta ou não mais de mim ou do outro
coordenador, o que interessa é que ele tem que me respeitar e disso eu não posso
reclamar.
Muitas
vezes eu atendo o telefone e ele pede para falar com o outro para resolver
coisas que eu poderia resolver e sabe como estou lidando com isso? Da maneira
mais prática possível. Quanto menos problema para a minha cabeça melhor.
Também
aconteceu depois que ele chegou de todos os internos ficarem com ele para lá e
para cá. E fiquei a pensar no que eu também estou reclamando?
Eu não gosto de jogar truco, não
gosto de nadar na lagoa, não gosto de ficar falando de mulherada kkkkk, não
gosto de jogar bola, pareço um velho e então não tenho que reclamar das pessoas
preferirem ele à mim. Kkkkkkkkkkkk
Como
tudo é simples hoje. O problema não era as pessoas “não gostarem de mim” e sim
de não gostarem de mim do jeito que eu queria.
Pena
que demorou 39 anos para eu viver o que eu acabei de falar. Eu também tenho afinidade
mais com algumas pessoas do que com outras e isso não quer dizer que eu não
goste delas.
Por causa dessa carência eu fiquei
tanto tempo tendo uma melhor amiga que nunca me decepcionava e ela era a
COCAINA, pelo menos, ela não me magoava e sempre estava comigo. Me defendia de
ser “magoado” pelos outros.
O que enxergo hoje é que quem me magoava
era eu mesmo, exigindo dos outros aquilo que nem mesmo eu conseguia me dar.
Hoje
dou valor a quem me dá um tchau de longe, aquele que me dá um aperto de mão,
aquele que me abraça e por fim o que me beija. Todos são importantes, como eu sou
importante para eles.
Chega de carência.
Quando me lembro de que tenho tantos
amigos no facebook, (e eu conheço todos), não são pessoas adicionadas aleatoriamente,
eu começo a rir da insanidade que era a minha vida. Pensar que as pessoas não
gostavam de mim.
Quando eu vejo o amor da minha família
por mim, das pessoas que trabalhavam comigo, percebo quanto tempo eu perdi com
essa carência ridícula.
O
melhor de tudo é saber que não é porque não recebo ligações todos os dias que
as pessoas não gostam de mim. Talvez elas não tenham tempo.
Não é porque o diretor não fala
comigo que isso signifique que ele não gosta de mim, talvez ele simplesmente confie
mais no outro coordenador e nisso ele está certíssimo já que sou um “estagiário”.
E
por fim. SE alguém gostar dos outros mais de mim, isso é a coisa mais natural
do mundo já que eu também gosto mais de algumas pessoas do que de outras.
Então
para resumir. Xô Xô Xô carência e a partir de agora eu vou viver a
fase de eu querer estar comigo o tempo
todo. Existe um versinho simples que diz assim:
Não corra atrás
das borboletas. Cuide do seu jardim e elas virão até você.
Será que isso é que é ser adulto?
Porque se for, eu já posso me casar e detalhe, se depender desse defeito de caráter
para eu ter uma recaída eu posso dizer de boca cheia que desse mal eu não
padeço mais.
ETERNAS IMCOMPARÁVEIS
24 HORAS DE SERENIDADE E SOBRIEDADE.
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