segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sansão da Mônica








HÁ DOIS TIPOS DE SABEDORIA.

A SABEDORIA INFERIOR É DADA PELO QUANTO UMA PESSOA SABE E A SUPERIOR É DADA PELO QUANTO ELA TEM COSCIÊNCIA DO QUE NÃO SABE.



                   E vamos voltar ao pique da Globo, já que pra mim não tem feriadão certo, e vou ser bem bonzinho com a minha irmã, porque ela e Deus estão unha e cutícula, o que ela desejou aconteceu. Não é que choveu o dia inteiro mesmo? Pelo menos aqui em Piracicaba.

                  Como dizia aquele personagem da Terças Insanas, eu oro e acontece kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

                   Vou postar uma coisa bem light hoje para mostrar como a adicção não é só o uso de drogas e sim do comportamento do adicto que já da sinais sutis, mostrando o quanto é “over” em alguns casos, como no meu.

                   Quando morava em Bauru eu frequentava uma academia chamada Marathon, diga-se de passagem, a melhor da cidade.



Porque friso isso?



          Porque adicto é assim, ele precisa estar na “melhor” mesmo que no seu bairro tenha uma academia tão boa quanto a que ele frequenta.

          Isso é coisa de autoafirmação. Não que você não tenha o direito de frequentar coisas boas, mas hoje eu percebo três coisas antes de tomar qualquer decisão.



1.    É minha vontade,



2.    É prioridade, ou



3.    É minha necessidade.



Fazendo esse exercício eu já deixei de comprar tênis de

800 reais, de viajar pagando o dobro do preço por afobação. Comecei a dar mais valor aos pequenos prazeres da vida e até posso malhar na melhor academia da cidade sim, mas se isso for minha prioridade, porque por minha vontade eu já fiz muita besteira que não quero repetir, hoje me importo com as prioridades e não com os caprichos, mas votando ao tema kkkk

                   Eu frequentava essa academia com meu grande amigo Carlinhos tudo de bom.com

                   Inteligente, muito bonito, muito bem vestido, agradável, mente aberta, carismático, comportado, calmo, centrado... Vou para por aqui senão ele vai se sentir muito.

         Já eu, parecia um semáforo ambulante de tão extrovertido, largado, e mesmo assim ele não ligava de andar comigo por eu ter esse jeito “tão” expansivo.

         Lembro-me que quando eu começava a rir de alguma situação como gente sem noção que frequenta as academias, e não preciso entrar em detalhes, ele só falava Fábiiiiiinho e abaixava a cabeça. Sei que nos divertíamos muito e várias vezes eu na rua começava a dar tchau para as pessoas dentro do ônibus que eu nem conhecia e ele roxo de vergonha pedia para eu parar kkk.

          Na época eu tinha uma mochila de couro que eu girava como se fosse o Sansão da Mônica e tacava bem longe no chão para fazer graça e ele ficava mais roxo de vergonha ainda. Eu achava aquilo lindo kkkkkkk e hoje eu vejo o quanto eu estava sendo ridículo.

         Percebo que inconscientemente naquela época eu tinha que chamar a atenção de alguma maneira já que ele sem abrir a boca “parava” qualquer lugar que nós entravamos. Ele é um negro que tem PRESENÇA, e eu tinha que mostrar a minha sendo o palhaço. Até hoje somos muito bons amigos e agradeço a ele que deve ter percebido isso, mas mesmo assim, sempre me respeitou. Todas às vezes que nós nos encontrávamos eu o ameaçava dizendo que ia pegar a mochila kkk, e olha que fiquei uns bons 15 anos com ela e acabei presenteando minha amiga Loreta Cristel para a paz do meu amigo Carlinhos.

         Contei esta historinha para mostrar que naquela época eu chamava atenção sendo o palhaço, mas depois tive que chamar a atenção mostrando que eu era aceito pelos meus amigos, acreditando que comprando as pessoas com drogas e me drogando para ser aceito no mundo das “bonitas” eu anestesiaria o fato de ser magrelo, cafona e não tão bonito quanto as pessoas do grupo que eu andava. Que pena que só vim perceber isso bem tarde. Não conseguia valorizar minhas qualidades que todos diziam que eu tinha, eu não me contentava com elas. Eu queria as qualidades dos outros. Eu queria ser o Carlos, o João, o Pedro, o Paulo, menos eu.

         Sendo assim depois desses desvios de caráter, sendo palhaço, comecei um desvio maior, caindo no mundo do tráfico de drogas e o lançamento de mochila a distância que não tinha prejuízos maiores começou a ser lançamento de drogas para o nariz, pílulas para a boca.

         Uma bola de neve que só cresceu cada dia mais.

         Não vou falar que eu sou um santo. Ainda sou extrovertido, brincalhão, mas sem ser “over” e deixar as pessoas constrangidas ao meu redor. Esse meu amigo tem tanto medo de eu o fazer passar vergonha que no dia que fomos viajar juntos ele deixou até as malas na portaria com receio de eu lançar a mochila nos amigos dele kkkkkkkkkkkkkkk.

Se você se identificou com o que eu falei procure ajuda psicológica, isso talvez seja uma fase que só tem a piorar e acabar no uso de drogas mais pesadas que foi o que aconteceu no meu caso.

         Começa com uma cervejinha para ficar mais desinibido, um tirinho de cocaína para ter mais coragem e o final da história nós já sabemos.

         Seja você e se ame do jeito que você é. Eu já quis ser um Brad Pit na vida, mas se eu fosse ele, eu não teria a família MARAVILHOSA que eu tenho, principalmente os sobrinhos que eu tanto amo, e talvez, tivesse muita dor de cabeça que eu nem imagino que ele tenha.

         Vindo para a atualidade:

         Hoje o dia foi bem difícil e ficar sem meu companheiro de trabalho me tornou a bola da vez e to engolindo nem sei o que mais. Por um momento pensei que não fosse aguentar e pedir par ir embora, mas quando eu penso que é nos problemas que eu sou fortalecido eu paro, penso novamente, respiro fundo e peço a direção de Deus, mas que não esta fácil isso NÃO ESTA MESMO. Haja paciência.

         Eu tenho minhas manias e não tenho problema nenhum que as pessoas deem sugestões, críticas e muitas vezes nem precisam dar porque eu mesmo vou até ele as e peço, mas se meter no meu local de trabalho sem me avisar é algo que tenho que trabalhar para não perder o foco.

         Cheguei à cozinha onde eu sou responsável e outra pessoa estava fazendo o pão sem me pedir consentimento e sem avisar o cozinheiro. Eu quase tive um surto psicótico. Deixei a poeira abaixar e depois fui pedir para que aquilo não se repetisse mais, porque no mínimo eu teria que saber o que acontece no meu departamento já que o pão saiu muito pequeno e terei que dar conta do material que gastarei para refazer o trabalho.

         Se fosse em outra época eu teria sido arrogante, precipitado, ignorante. Hoje foi diferente e tentei entender o que havia acontecido e expliquei que talvez fosse uma falha da minha parte, mas eu realmente não gostava de ninguém mexendo nas “minhas coisas” e que da próxima vez eu queria ser avisado, já que eu não toco o sinal e vou dar dinâmicas sem a autorização dele. Acredito que cada um no seu quadrado.

         Talvez ele tenha entendido o meu ponto de vista já que não fui arrogante ao falar e fui sincero ao dizer que aquela situação tinha me incomodado. Ele me disse que queria fazer uma surpresa para quando eu chegasse o pão estivesse pronto.

         Eu aceitei as desculpas, mas para falar bem a verdade eu engoli meio de atravessado. Da primeira vez passa e acredito que elé tenha percebido que eu não gosto de “surpresas” kkkkk.

         Pena que agora eu vou ter dois trabalhos. Consertar o que ele fez e explicar para o diretor o gasto dobrado dos ingredientes.

         Até entendi a boa vontade dele, mas prefiro ter controle da situação.



Conceda-me Senhor a serenidade.



ETERNAS IMCOMPARÁVEIS 24 HORAS DE SERENIDADE E SOBRIEDADE.

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